A Educação Ambiental, como conceito e prática, começou a ganhar
visibilidade em 1972, com a realização da Conferência das Nações
Unidas sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia), onde se
discutiu com maior profundidade a necessidade da inserção da dimensão ambiental na educação. Cinco anos depois, na Conferência
Intergovernamental sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, Geórgia,
foram definidas estratégias e diretrizes adotadas ainda hoje.
Passados quase 40 anos, apesar de toda a evolução das correntes teóricas nas universidades, perdura a ideia de que a prática
da Educação Ambiental se esgota na realização de eventos, palestras e distribuição de panfletos. De fato, ainda hoje, boa parte dos profissionais das áreas ambiental e pedagógica acredita
nessa fórmula, amplamente utilizada, mas que, sozinha, não é
capaz de consumar o processo educativo. E o que diferencia as
atividades que constituem esse processo? É exatamente isso
que buscaremos discutir nesta publicação.
Existem diversos mitos relacionados à Educação Ambiental. O desconhecimento sobre as várias teorias que embasam a prática prejudicam sobremaneira seu planejamento, execução e avaliação na
gestão pública. Esse é o primeiro ponto que se coloca para reflexão.
Da mesma maneira que praticamente todos os gestores acreditam na premissa de que nenhum avanço significativo será alcançado sem um forte trabalho educativo, muitos ainda pensam que
é possível obtê-lo de forma amadora e sem recursos, apenas com
boas intenções. Sim, qualquer profissional qualificado pode ministrar palestras e publicar folhetos informativos. Porém, quando
buscamos ser efetivos no processo educativo, precisamos ir além
do repasse de informações e trabalhar o público não como receptores que se comportam passivamente, mas como sujeitos que
pensam, agem e remodelam as informações de acordo com suas
vivências e, portanto, a partir dos distintos pontos de vista encontrados em uma sociedade heterogênea como a nossa
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