O discurso conservador é aquele que não remete ao que é da estrutura da sociedade, ou seja, não questiona a origem dos problemas
e não pretende transformar a realidade. A Educação Ambiental conservadora possui algumas características marcantes, como:
Conservacionismo: traz a ideia de natureza intocada e intocável,
buscando a preservação de áreas naturais total ou parcialmente
restritas à presença humana, sem questionar o modelo de ocupação urbana e as desigualdades de acesso e uso dos recursos naturais. Tem foco em informações sobre a dinâmica dos ecossistemas, incluindo fauna e flora, e raramente promove reflexões sobre
os conflitos socioambientais que motivaram a criação de áreas protegidas ou sobre possíveis soluções para conflitos originados pela
criação dessas áreas.
Comportamentalismo: foca no indivíduo e nas possíveis mudanças
de atitude deste, sem questionar as características políticas, socioeconômicas e simbólicas que geram e estimulam determinados comportamentos. Ações marcadas por imperativos como “Apague a luz”,
“Feche a torneira”, “Lave a calçada com balde” etc. são exemplos da
Educação Ambiental conservadora, já que, embora sejam importantes em pequena escala, as atitudes por elas apregoadas são pouco
significativas para o restabelecimento de boas condições ambientais.
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