domingo, 8 de dezembro de 2019

Tipos de Sustentabilidade

Sustentabilidade Social 

A sustentabilidade social sugere a igualdade dos indivíduos, baseado no bem estar da população.
Para isso, é necessária a participação da população, com intuito de fortalecer as propostas de desenvolvimento social, acesso à educação, cultura e saúde.
Sustentabilidade Empresarial 
Atualmente, muitas estratégias de responsabilidade social de empresas estão pautadas na sustentabilidade.
Produtos e ações sustentáveis na área empresarial ganham destaque e o gosto dos consumidores. As pessoas estão cada vez mais conscientes do peso ecológico e social de suas escolhas.
Nesse caso, a empresa possui uma postura de responsabilidade com os valores ambientais e sociais. Além de fundamentada na preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Sustentabilidade Econômica 
A sustentabilidade econômica é fundamentada num modelo de gestão sustentável. Isso implica na gestão de adequada dos recursos naturais, que objetivam o crescimento econômico, o desenvolvimento social e melhoria da distribuição de renda.
Em resumo, corresponde à capacidade de produção, de distribuição e de utilização das riquezas produzidas pelo homem, buscando uma justa distribuição de renda.

Tripé da Sustentabilidade

O chamado tripé da sustentabilidade é baseado em três princípios: o social, o ambiental e o econômico. Esses três fatores precisam ser integrados para que a sustentabilidade de fato aconteça. Sem eles, a sustentabilidade não se sustenta.

  • Social: Engloba as pessoas e suas condições de vida, como educação, saúde, violência, lazer, dentre outros aspectos.
  • Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como são utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas.
  • Econômico: Relacionado com a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. A economia deve considerar a questão social e ambiental.

Sustentabilidade

Sustentabilidade é a capacidade de sustentação ou conservação de um processo ou sistema.
A palavra sustentável deriva do latim sustentare e significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar.
O conceito de sustentabilidade aborda a maneira como se deve agir em relação à natureza. Além disso, ele pode ser aplicado desde uma comunidade até todo o planeta.

"o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades".

O desenvolvimento sustentável tem como objetivo a preservação do planeta e atendimento das necessidades humanas. Isso quer dizer que um recurso natural explorado de modo sustentável durará para sempre e com condições de também ser explorado por gerações futuras.




Educação Ambiental na gestão das águas

A Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal nº 3.239/99), baseada nos princípios da descentralização e da participação, instituiu a bacia hidrográfica como unidade de gestão. Para gerenciar o uso dos recursos hídricos, foram criados os comitês de bacias hidrográficas (CBHs). Como instância-base nessa nova forma de fazer política, os comitês descentralizam várias decisões por bacia hidrográfica, contando com a participação dos poderes públicos (União, estados e municípios, conforme a abrangência da bacia), dos usuários das águas e das organizações da sociedade civil ligadas a recursos hídricos. Na prática, o comitê define as regras seguidas com relação ao uso da água, emite pareceres, estabelece resoluções e toma decisões. Chamado de “parlamento das águas”, o Comitê de Bacia é uma ferramenta em prol da democratização das relações políticas. Como tal, aumenta a legitimidade das decisões tomadas e contribui para a maior eficácia das políticas públicas implementadas.

Para que a gestão da água seja, de fato, democrática, são essenciais a mobilização e a participação da população e de todos os envolvidos no processo de decisão e de atuação sobre o território. Mas só isso não basta. É necessário também que os cidadãos estejam fortalecidos e engajados no desempenho de seus papéis. É nessa hora que a Educação Ambiental se revela fundamental, pois desenvolve ações que preparam os diferentes atores para atuarem nos processos decisórios, instrumentalizando-os para o efetivo controle público, com base no empoderamento, na soberania popular, na construção coletiva e no diálogo entre as várias partes envolvidas.

Toda a complexidade relacionada aos limites das bacias hidrográficas permite que as ações educativas dialoguem com temas como pobreza, saúde, ocupação do território, enchentes, poluição das águas e dos solos e a mudança climática, entre outros. Num projeto que pretenda seguir a vertente da Educação Ambiental crítica, tais temas devem ser trabalhados de maneira que desencadeiem um processo de transformação da realidade, estimulando a reflexão e a participação coletiva no enfrentamento e mitigação dos problemas. 


Educação Ambiental na Gestão Publica

A gestão ambiental pública, por lidar com questões relacionadas ao acesso e uso dos recursos naturais, frequentemente se torna palco de conflitos socioambientais – explícitos ou implícitos – de diferentes origens. Trabalhando com diversos interesses e visões de mundo, os órgãos ambientais têm sua atuação permeada por processos de disputa entre diferentes atores que, às vezes, podem desembocar em conflitos explicitados. O licenciamento ambiental, por exemplo, enfrenta situações de contraposição de interesses que alcançam dimensões econômicas, políticas, sociais e espaciais, além das ambientais. Por isso, o gestor público deve estar preparado para, eventualmente, lidar com esses conflitos como um mediador com foco na construção de consensos.

Para lidar com essas disputas, é importante que o agente público saiba que as relações de força existentes na sociedade são profundamente desiguais. O mediador também deve considerar que, na construção de possíveis consensos, alguns lados devem ser empoderados para que o enfrentamento ganhe um caráter mais igualitário. A construção de ambientes mais justos e democráticos, portanto, passa pela participação e fortalecimento dos setores desprivilegiados na gestão pública, o que, fundamentalmente, depende do acesso à informação.

A Educação Ambiental tem entre suas principais funções disseminar informações a diferentes públicos. Um deles é formado por agentes públicos que atuam na área ambiental como técnicos, gestores e conselheiros de meio ambiente nas esferas municipal, estadual e federal. Além de fornecer ferramentas que possibilitem a esses agentes gerir melhor os recursos ambientais de seus territórios, a Educação Ambiental tem, ainda, o papel de fortalecer uma cultura de maior participação social na gestão pública.

No caso dos gestores municipais, a demanda por capacitações foi fortemente ampliada após a assinatura da Lei Complementar nº 140/2011, que regulamenta o artigo 23 da Constituição Federal3 e, ao estabelecer normas para a cooperação entre União, estados e municípios na proteção do meio ambiente, abriu espaço para a transferência de competências entre essas esferas. Dessa maneira, os municípios ganharam poderes também para licenciar e fiscalizar atividades de baixo e médio impacto poluidor, o que aumentou a importância das capacitações direcionadas a gestores e técnicos municipais.

Educação Ambiental na Escola

A escola exerce importante papel na nossa sociedade. Nela, os indivíduos entram em contato com o conhecimento acumulado pelas inúmeras ciências, desenvolvem capacidades linguísticas e apreendem importantes questões relacionadas à organização das sociedades. O ambiente escolar, por sua pluralidade, possibilita que alunos, pais, professores e demais funcionários entrem em contato com diferentes pontos de vista e aprendam a conviver com as diferenças. Além disso, não podemos deixar de considerar que, sendo um espaço de relações sociais humanas, a escola também se faz um campo propício para a discussão política, pois ser político nesse âmbito é compreender como as relações de poder são estabelecidas dentro dela e saber avaliar como isso repercute nos serviços que a unidade escolar oferece à comunidade.

O principal documento produzido com as escolas é o Plano Político Pedagógico (PPP), que tem como finalidade nortear as ações nos centros de ensino. Elaborado coletivamente pela comunidade escolar (constituída por professores, diretores, demais funcionários da escola, alunos, pais e a população do entorno), esse documento reúne as principais ideias, fundamentos e orientações curriculares e organizacionais que a instituição de ensino seguirá. Em resumo, ele é a identidade da escola, pois é formulado para atender as necessidades do seu público. Sua formulação e construção seguem as orientações contidas nos artigos 12, 13 e 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, ou Lei Federal nº 9.394), de 20 de dezembro de 1996. Ainda que seja um documento político muito importante para as escolas, nem sempre ele é redigido de maneira participativa, o que impede que a comunidade escolar o considere representativo dos seus interesses.


Educação Ambiental Conservadora

O discurso conservador é aquele que não remete ao que é da estrutura da sociedade, ou seja, não questiona a origem dos problemas e não pretende transformar a realidade. A Educação Ambiental conservadora possui algumas características marcantes, como: 

Conservacionismo: traz a ideia de natureza intocada e intocável, buscando a preservação de áreas naturais total ou parcialmente restritas à presença humana, sem questionar o modelo de ocupação urbana e as desigualdades de acesso e uso dos recursos naturais. Tem foco em informações sobre a dinâmica dos ecossistemas, incluindo fauna e flora, e raramente promove reflexões sobre os conflitos socioambientais que motivaram a criação de áreas protegidas ou sobre possíveis soluções para conflitos originados pela criação dessas áreas.

Comportamentalismo: foca no indivíduo e nas possíveis mudanças de atitude deste, sem questionar as características políticas, socioeconômicas e simbólicas que geram e estimulam determinados comportamentos. Ações marcadas por imperativos como “Apague a luz”, “Feche a torneira”, “Lave a calçada com balde” etc. são exemplos da Educação Ambiental conservadora, já que, embora sejam importantes em pequena escala, as atitudes por elas apregoadas são pouco significativas para o restabelecimento de boas condições ambientais.